Campo Grande do Piauí abre a semana de formação do projeto Viva o Seminário
Aconteceu na manhã de segunda-feira, 28, na Câmara Municipal de Campo Grande do Piauí, a abertura da segunda etapa do curso de Formação em Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido. Campo Grande é o primeiro município da região a iniciar o novo ciclo de capacitação.
O evento é uma parceria da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação, em parceria com o Governo do Estado, através da Secretaria Estadual de Educação e o Banco Fida, que financia o projeto.
No município, o Projeto Viva o Semiárido tem várias formas de intervenção, dentre elas, a Educação Contextualizada para a convivência com o semiárido, onde os professores das escolas do campo recebem a formação e todo apoio necessário para desenvolver as ações propostas.
Na abertura, a secretária de Educação, Anazilda Maria de Jesus Sobreira, deu as boas vindas e desejou ao participantes uma formação proveitosa. “O projeto nos traz um importante reforço para trabalhar a educação do campo, então, participem ativamente dos grupos de estudo para que possamos desenvolver o nosso semiárido, e que os resultados venham a vislumbrar no cenário da nossa educação”, disse.
Após a abertura, foram realizadas duas apresentações. A primeira com alunos da escola Antônio Ferreira de Oliveira da localidade Canela de Velha, que encenaram a história de ‘Zeca Tatu: a ressurreição’ e a outra, uma apresentação artísticas com Celso Sanfoneiro.
A formação segue até a próxima sexta-feira, 01, e será ministrada pela coordenadora geral da ECSA da Seduc, Mirian Medeiros Silva. Segundo ela, a capacitação é focada em cinco temas: Percurso de estudo pelo semiárido brasileiro e piauiense, fundamentos, conceitos e estrutura da educação do campo, fundamentos, conceitos e o significado de uma educação contextualizada no semiárido, pedagogia da alternância e gestão democrática e de projetos. “Parte destes conteúdos já foram trabalhados no município, então o desafio é retomar aquilo que eles demostrarem mais dificuldade, quando faremos um aprofundamento, e trataremos do que é novo”, informou.
Mirian disse que os temas a serem trabalhados foram escolhidos com perspectivas de construir nas pessoas o entendimento do porque de ter uma educação diferenciada, do porque que a educação da cidade não vale para gente que está no campo, principalmente, onde tenha a diversidade e especificidade de ser semiárido.
“O grande objetivo é fazer com as pessoas aprendam a gostar do seu lugar, compreendam o valor de sua cultura e não tenha vontade de migrar. Precisam reconhecer a importância do que é esse meio que temos no Piauí, chamado semiárido, e que não tenham vontade de sair dele, que aprendam que dá para desenvolver tecnologias adaptadas ao lugar. E é esse o contexto, plantar essas questões no processo de educação, convencer professores para que levem isso para os seus alunos, que formarão gerações com o sentimento de pertencimento, de compreensão, de que esse é um lugar que a gente pode viver e produzir”, disse.
Também participaram da abertura o secretário municipal de Agricultura, Gilson Oliveira, o coordenador regional do Viva o Semiárido, Zezé Oliveira, a secretária de Cultura, Zefinha Belchior, diretores e professores de escolas da zona rural que desenvolvem o projeto, representantes do MPA, além dos vereadores Martinho Belchior e Janaína Ramos.
Fonte: Cidades na Net
29 de Maio de 2018 09:26