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APPM participa na ALEPI de reunião que discutiu os efeitos da estiagem nos municípios piauienses

A Assembleia Legislativa do Piauí realizou, na manhã desta segunda-feira (22), uma reunião na comissão de Meio Ambiente para discutir a seca que atinge o estado e já levou mais de 120 municípios a decretarem situação de emergência.

O presidente da APPM, Admaelton Bezerra, participou do encontro, que reuniu deputados, gestores municipais e representantes do governo estadual e expôs um quadro dramático das gestões municipais, que enfrentam dificuldades para garantir o abastecimento de água e manter atividades produtivas. "Acredito que, por meio da realização de audiências públicas locais, conseguiremos esclarecer melhor a população. Com diálogo e transparência, é possível amenizar e melhorar essa situação." finalizou o presidente. 

A expectativa do Governo do Piauí é renovar nos próximos dias o decreto de emergência para mais da metade das cidades do Piauí que enfrentam os efeitos da seca.

Um dos representantes dos municípios, o prefeito de Paulistana, Osvaldo da Abelha, detalhou os efeitos da estiagem.

“Como todas as secas são gritantes, tanto para a questão humana, mas principalmente na questão da cadeia produtiva da nossa região, que o forte é a atividade agropecuária de ovino e caprino. Tivemos menos de 100 milímetros de chuva no período de inverno, o que agravou muito a questão de pastagem para sustentar o rebanho, mas pior do que isso é o acesso à água, dificultando a sustentação dos animais e até o consumo humano. A operação de carro-pipa do Exército não atende nem ao consumo humano. A prefeitura tem trabalhado na manutenção de poços, mas muitos deles oferecem água salobra, imprópria para o consumo” relatou. 

 

Ações emergenciais do governo

O secretário estadual de Planejamento, Washington Bonfim, afirmou que o governo tem ampliado as ações emergenciais.

“Na realidade a gente vai fazer uma prestação de conta do que realizamos já até esse momento. Discorrer um pouco sobre a questão do formato institucional, o papel da microrregião de água, esgoto, o papel da agência reguladora e vamos informar da entrada na zona rural dos municípios do trabalho da Águas do Piauí. Ela já vem fazendo isso em municípios como Fartura, como Marcolândia, na zona urbana, oferecendo aqueles contêineres de 70 mil litros para o consumo humano nas zonas urbanas e a partir de agora, por determinação do governador, nós vamos iniciar 19 municípios que são da área mais crítica e vamos deixar aberto através da microrregião de água e esgoto a possibilidade dos municípios solicitarem para a zona rural o atendimento da Águas do Piauí”, destacou. 

O deputado Gustavo Neiva (PP), da oposição, cobrou soluções definitivas.

“O próprio governador disse lá em São Raimundo (Nonato) que a resolução desse problema custaria de R$ 2 a 3 bilhões. E o governo também anunciou que está recebendo R$ 3 bilhões em empréstimos. Então é a faca e o queijo na mão para resolver definitivamente o problema da seca. O que falta é determinação política. Não podemos mais ficar só em ações paliativas, precisamos de soluções estruturantes”, disse o parlamentar. 

 

Ações Águas do Piauí

O diretor-presidente da Águas do Piauí, Guilherme Dias, destacou as medidas em andamento.

“Desde o início da operação assistida fizemos levantamento das principais demandas que podem ser atendidas a curto prazo. Algumas cidades já tiveram seu abastecimento regularizado. O ponto de partida é o documento enviado pelas prefeituras à microrregião de água e esgoto, que encaminha a demanda até a empresa. Para a zona rural está previsto um contrato de 20 milhões de reais por ano, que será antecipado para enfrentar o período crítico. Entre as ações estão perfuração de 63 novos poços em 50 dias, revitalização de mais de 200 poços, instalação de seis estações móveis de tratamento de água e de 12 reservatórios móveis de 70 mil litros. Em cidades como Marcolândia e Fartura, já foram instalados reservatórios que funcionam como reforço do sistema de distribuição”, destacou.


22 de Setembro de 2025 15:12

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