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Ato em frente ao STF reúne gestores pelo imediato julgamento dos royalties

Liderados pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, centenas de gestores municipais que participam da XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios realizaram, no final da tarde desta terça-feira (09), uma manifestação em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). A ação dos municipalistas pede que a Corte promova o julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4917, que dispõe sobre os critérios de distribuição dos royalties do petróleo. Após a manifestação, o presidente do STF, Dias Toffoli, sinalizou que deve receber um grupo de gestores nesta quarta-feira (10). Estarão presentes, além de Aroldi, representantes das cinco regiões do país.

O ato lembrou que a matéria aguarda avaliação do Supremo há 6 anos. De 2013 até 2018, o conjunto de municípios e estados brasileiros deixou de arrecadar mais de R$ 55 bilhões por meio do Fundo Especial do Petróleo (FEP). Apenas os Entes municipais deixaram de receber R$ 22 bilhões.

Com um bolo simbolizando o aniversário de espera, os prefeitos cantaram ‘parabéns para você’ e gritaram palavras de ordem pedindo celeridade no julgamento, que, se positivo aos municípios, pode aliviar as finanças das administrações.



Os participantes do ato cantaram o hino nacional e lançaram balões pretos simbolizando o luto dos municípios pela omissão do STF em relação à decisão. Além dos gestores municipais, o governador do Estado do Piauí, Wellington Dias, que encabeçou a tramitação e a aprovação do projeto no Congresso Nacional, na época, como senador federal, participou da manifestação.

“Esse projeto eu ainda era senador quando em 2012 tivemos aqui uma luta dos Municípios para aprovação. Foi vetado e fizemos uma coisa quase impossível que é derrubar um veto. Nós estamos falando de uma riqueza que é da União, logo, é de todos os Municípios”, destacou o governador.

Entenda a pauta
Desde 2013, o movimento municipalista aguarda uma decisão definitiva do STF sobre a redistribuição dos recursos arrecadados com a exploração dos royalties de petróleo, prevista na Lei 12.734/2012, suspensa por definição monocrática da Corte. A decisão ocorreu por meio de liminar concedida pela atual presidente do Supremo, Cármen Lúcia, relatora na época da ADI, ajuizada pelo Estado do Rio de Janeiro. Além disso, ressalta que tanto a Advocacia-Geral da União (AGU) quanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestaram pela plena constitucionalidade das regras definidas no Congresso Nacional.

Tramitação
1 A legislação foi aprovada pelo Congresso Nacional ao final de 2012, após forte pressão municipalista.
2 As mudanças promovidas pelo Parlamento nas regras foram vetadas pela presidente da República da época, Dilma Rousseff.
3 Os gestores não se conformaram com a decisão. Mobilizações regionais e em Brasília garantiram, em março de 2013, a derrubada do veto pelo Congresso.
4 No mesmo mês, mesmo após todas as ações dos municipalistas, o STF concedeu liminar suspendendo os efeitos da legislação.
5 Desde então, o movimento municipalista tem pressionado para que a Corte aprecie a matéria.

Com informações da CNM.


10 de Abril de 2019 00:20

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